sábado, 30 de novembro de 2013

A MAGIA DO NATAL

Capitulo 5
O Natal, segundo das leis canónicas (leis ditadas pela Igreja), deve ser composto por 4 missas: a vigília nocturna, a da meia-noite, a da aurora e por fim a da manhã.
Contudo, em termos práticos, não se conseguem celebrar as 4 vigílias, sendo normalmente dispensada a da noite e a da aurora. Assim, a primeira missa celebrada no Natal é a da meia-noite.

Feliz Natal!A missa celebrada à meia-noite, na passagem do dia 24 para o dia 25 de Dezembro, denomina-se de Missa do Galo. Esta apareceu no século V, pelas mãos dos católicos romanos.

Em relação a esta missa surgem duas questões: Saber o porquê da missa ser celebrada à meia-noite. Saber a razão pela qual esta missa é chamada de missa do galo.

No que se refere à primeira questão, à razão pela qual a missa é celebrada à meia-noite, parte-se da seguinte ideia:
Já que nesta missa se celebra o nascimento de Cristo, ela deve ser celebrada à mesma hora do nascimento deste. Ora, como se pensa que Jesus terá nascido à meia-noite, a missa deve ser celebrada à meia-noite em ponto.

A segunda questão cria maior discórdia, existem várias teorias que tentam explicar qual o motivo denominação de missa do galo.
A explicação mais comum é a da lenda que conta que o galo foi o primeiro animal a presenciar o nascimento de Jesus, por isso ficou com a missão de anunciar ao mundo o nascimento de Cristo, através do seu canto.

Até ao início do século XX, a tradição ditava a meia-noite era anunciada, dentro da igreja, através do canto de um galo, real ou simulado.
No seu início, a missa do galo era uma celebração jubilosa, longe do carácter solene que existe nos dias de hoje.
Até princípios do século XX, manteve-se o costume do privilégio de serem os primeiros a adorarem o Menino Jesus estar reservado aos pastores congregados ali. Durante a adoração ao Menino, as mulheres depositavam doces caseiros e em troca recebiam pão bento ou pão do Natal. Outro costume era o de se guardar um pedaço desse pão bento como amuleto, ao qual só se podia recorrer em caso de doença grave.
Uma tradição que existia em algumas aldeias portuguesas e espanholas, era o de se levar um galo para a Missa do Galo, se este cantasse era um prenúncio de boas colheitas para esse ano.

Com o advento do regime republicano e com a falta de párocos em muitas freguesias, fizeram com que a Missa do Galo começa-se a cair em desuso.

Em França, as Missas do Galo mais famosas, como a de Nôtre Dame e a de Saint Germain dês Prés, são muito concorridas, nestas é necessário reservar lugar com bastante antecedência, até porque durante a noite de Natal, também há apresentações de belos programas de música sacra.

Nota: Erradamente, alguns atribuem a S. Francisco de Assis a criação da Missa do Galo. Contudo, a existência desta é muito anterior à época na qual S. Francisco viveu (no século XIII):


FONTE: NATAL TODOS OS DIAS

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

A MINHA ORAÇÃO

Meu Cristo vivo, que amo e adoro.
Minha luz sempre presente.
Minha força cada vez mais forte.
Ave, Maria, mãe do céu. A
A vós peço:
Protege a nossa família e aumenta a nossa fé em vós.
A vossa presença em nós é tudo o que necessitamos
para continuarmos a ser felizes.
Eu vos amarei sempre!

Ámen!

Paulo Gonçalves

1º DOMINGO DO ADVENTO (ANO A)

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 24,37-44)
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Como aconteceu nos dias de Noé, assim sucederá na vinda do Filho do homem. Nos dias que precederam o dilúvio, comiam e bebiam, casavam e davam em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca; e não deram por nada, até que veio o dilúvio, que a todos levou. Assim será também na vinda do Filho do homem. Então, de dois que estiverem no campo, um será tomado e outro deixado; de duas mulheres que estiverem a moer com a mó, uma será tomada e outra deixada. Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor. Compreendei isto: se o dono da casa soubesse a que horas da noite viria o ladrão, estaria vigilante e não deixaria arrombar a sua casa. Por isso, estai vós também preparados, porque na hora em que menos pensais, virá o Filho do homem.
Fonte: Liturgia da Palavra.

1º DOMINGO DO ADVENTO (ANO A)

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
(Rom 13,11-14)
Irmãos: Vós sabeis em que tempo estamos: Chegou a hora de nos levantarmos do sono, porque a salvação está agora mais perto de nós do que quando abraçámos a fé. A noite vai adiantada e o dia está próximo. Abandonemos as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz. Andemos dignamente, como em pleno dia, evitando comezainas e excessos de bebida, as devassidões e libertinagens, as discórdias e os ciúmes; não vos preocupeis com a natureza carnal, para satisfazer os seus apetites, mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo.
Fonte: Liturgia da Palavra

1º DOMINGO DO TEMPO DO ADVENTO (ano A)

Leitura do Livro de Isaías
(Is 2,1-5)
Visão de Isaías, filho de Amós, acerca de Judá e de Jerusalém: Sucederá, nos dias que hão-de vir, que o monte do templo do Senhor se há-de erguer no cimo das montanhas e se elevará no alto das colinas. Ali afluirão todas as nações e muitos povos ocorrerão, dizendo: «Vinde, subamos ao monte do Senhor, ao templo do Deus de Jacob. Ele nos ensinará os seus caminhos e nós andaremos pelas suas veredas. De Sião há-de vir a lei e de Jerusalém a palavra do Senhor». Ele será juiz no meio das nações e árbitro de povos sem número. Converterão as espadas em relhas de arado e as lanças em foices. Não levantará a espada nação contra nação, nem mais se hão-de preparar para a guerra. Vinde, ó casa de Jacob, caminhemos à luz do Senhor.
Fonte: Liturgia da Palavra)

A MAGIA DO NATAL

Capitulo 4
Jesus, em hebreu, Jehoshua, abreviado em Jeshua, que quer dizer “Javé, é a salvação”, o filho de Deus, segundo o Evangelho, e o Messias anunciado pelos profetas. Nasceu em Belém da Virgem Maria, em 25 de Dezembro do ano de 749 de Roma, embora o cálculo feito no século VI pelo frade Dionísio, e que serve de cronologia da era cristã, colocou o nascimento, erradamente, no ano de 754. Jesus morreu crucificado, no ano 33 da era moderna.

Segundo os Evangelhos, o presépio que serviu de berço ao Menino Jesus foi visitado pelos
Reis Magos do Oriente (Baltasar, Belchior e Gaspar).
O rei da Judeia, Herodes, sabendo que chegada do Messias era anunciada para essa época pelos antigos profetas, ordenou que todos os recém-nascidos fossem assassinados. Perante isto, José (pai adoptivo de Jesus) e Maria decidiram fugir para o Egipto, para salvarem a vida de Jesus. Só depois da morte de Herodes, esta família voltou para Nazaré, na Galileia. Aqui Jesus cresceu, ajudando seu pai adoptivo no trabalho de carpinteiro.

Aos 30 anos, Jesus começou a sua missão, sendo baptizado por seu primo S. João Baptista, nas águas do Jordão. Em seguida, dirigiu-se para o deserto onde permaneceu durante 40 dias em jejum e onde resistiu às tentações de Satanás.
Começou por pregar o Evangelho ou a “boa nova” na Galileia, depois dirigiu-se para Jerusalém, lugar onde se deparou com uma hostilidade crescente por parte dos fariseus. Na sua missão, Jesus foi acompanhado pelos seus discípulos, os doze apóstolos, com estes percorreu as cidades da Judeia e da Galileia, pregando a caridade, o amor de Deus e do próximo e realizando inúmeros milagres.
As ideias defendidas por Jesus Cristo fizeram enfurecer os fariseus e os sacerdotes judeus, que acusaram-no perante o governador romano, Pôncio Pilatos, de se dizer Rei dos Judeus e de querer derrubar o governo estabelecido.
Judas, um dos apóstolos, traiu Jesus por 30 dinheiros. Depois de ter celebrado a última ceia e instituído a Eucaristia, Cristo teve de comparecer perante o sumo-sacerdote dos Judeus, Caifás, e em seguida perante a justiça romana, representada por Pôncio Pilatos. Condenado pelo primeiro, abandonado pelo segundo, coberto de ultrajes pelo povo subiu ao Calvário, onde morreu crucificado entre dois ladrões. Ressuscitou ao 3º dia e apareceu a muitos dos seus discípulos, encarregando-os de espalhar a sua doutrina pelo mundo inteiro. Quarenta dias depois da sua ressurreição, subiu aos céus na presença dos seus discípulos.

Esta é a narrativa dos Evangelhos, contudo surgiram críticos, entre os quais Satruss e Renan, que deram diferentes interpretações ao texto.
Em “A vida de Jesus” por Ernest Renan (1863), o autor coloca-se num ponto de vista racionalista, rejeitando o sobrenatural. Para Renan, os Evangelhos têm apenas um valor histórico, embora reproduzissem de forma fiel os ensinamentos do Mestre, sublime pessoa a quem é permitido chamar divina, isto porque Jesus foi o indivíduo que fez dar à espécie humana o maior passo para o divino.

Independentemente da visão que se possui do Evangelho, a verdade é que a existência de Jesus é inegável, a investigação científica comprova isso. Existem vários textos históricos que comprovam essa existência.

Bibliografia:
"Lello Universal", volume I, Lello e Irmão Editores


quinta-feira, 28 de novembro de 2013

A MAGIA DO NATAL

Capitulo 3

Em Portugal, a distinção popular entre consoadas e presentes é a seguinte:
As ofertas feitas, no Natal, aos familiares e amigos designam-se de presentes; já as restantes, efectuadas muitas vezes como forma de agradecimento ou como demonstração de respeito e consideração, recebem o nome de consoadas. Embora, na prática, estas palavras sejam sinónimos, só que as consoadas referem-se apenas aos presentes oferecidos no Natal.


 

O termo consoada serve não só para designar o banquete familiar da noite de Natal, mas também é utilizado para descrever a entrega de presentes na época de natalícia (até aos Reis) como forma de demonstrar a consideração ou o afecto que se tem por essas pessoas.
 
Há quem considere que a tradição da entrega de presentes no Natal surgiu graças à lembrança da entrega de presentes ao Menino Jesus por parte dos Reis Magos. Os presentes de Natal foram ideia do Papa Bonifácio no século VII. No dia de Reis, ele distribuía pão entre o povo e em troca recebia presentes.
No entanto, este costume surgiu na Roma Antiga e tem uma origem pagã.


O costume das consoadas estabeleceu-se em Roma na mais alta antiguidade. Nesta época enviavam-se ramos cortados num bosque consagrado à deusa Estrénia ou Estrénua, aos magistrados, como testemunho de deferência. Posteriormente, começaram-se a oferecer figos, passas, mel, medalhas de prata ou ouro, entre outros. Houve uma generalização tão grande no Império da entrega de consoadas, que todo povo ia desejar um bom ano novo ao imperador, para isso levavam-lhe como presente dinheiro.
Também em Roma, nas saturnálias, festas de homenagem ao deus Saturno, realizadas em meados de Dezembro, era comum as pessoas trocarem velas de cera e estatuetas ou bonecos de terracota.

Também entre os Gauleses existia, provavelmente, o hábito da entrega das consoadas. Estes repartiam entre si ramos de plantas no primeiro dia do ano.


Já na Idade Média, as consoadas constituíam verdadeiras trocas, ao contrário por exemplo de Roma, onde que m recebia as consoadas (o Imperador) não as retribuía. Nesta época, os presentes eram dados tantos por crianças como por adultos.


O costume de colocar presentes debaixo da árvore de Natal surgiu no reinado de Elisabeth I (filha de Henrique VIII) na Inglaterra, no século XVI. Esta rainha organizava as festas natalícias, recebendo muitos presentes. O número de presentes era de tal forma elevado, que era impossível recebe-los directa e pessoalmente. Assim, adoptou-se o costume de se deixarem esses mesmos presentes debaixo da árvore de Natal montada nos jardins do palácio, em vez de se entregarem pessoalmente.


A entrega de presentes no dia de Natal é sobretudo atribuída ao Pai Natal, mas também há quem a atribua ao Menino Jesus (com era o caso de Portugal há algumas década atrás), por fim nos países em que os presentes são oferecidos no dia 6 de Janeiro, dia de Reis (como é o caso de Espanha) considera-se que quem dá os presentes são os Reis. Nalguns países europeus os presentes são dados no dia 6 de Dezembro, durante a comemoração da Festa de S. Nicolau, patrono das crianças.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A MAGIA DO NATAL

Capitulo 2

O Natal é, sem dúvida, uma das celebrações mais complexas do calendário português, no qual se observam elementos de cultos solstícios e dos mortos, cerimónias da liturgia cristã comemorativas do nascimento de Jesus Cristo, entre outros.
Actualmente, devido a uma crescente globalização, o Natal português começa a ser influenciado por outras culturas, sobretudo através dos filmes americanos, um dos factos que comprova este tendência é a substituição do Menino Jesus pelo Pai Natal na entrega dos presentes; os  tradicionais presépios, que representam o nascimento de Cristo (e que constituem um dos motivos mais notórios da estatuária popular portuguesa) têm agora de coexistir com a árvore de Natal, de origem certamente germânica. Contudo, isto não quer dizer que as tradições natalícias portuguesas desapareceram!

No dia 24 Dezembro, véspera de Natal, à noite, em certas partes do país (especialmente no norte) tem lugar a ceia de Natal (chamada de consoada), nesta serve-se bacalhau cozido e a doçaria cerimonial (rabanadas, sonhos, mexidos, etc.). Ainda no dia 24, no final da ceia, há a missa do galo à meia-noite, embora actualmente esta missa esteja a cair em desuso.

No próprio dia 25, há um jantar melhorado com carnes diversas, em algumas zonas do país no almoço do dia 25 é servida a tradicional “roupa velha” feita com os restos da consoada do dia anterior.

Um costume já quase esquecido é o de durante a ceia do dia 24 evocar-se os mortos, com o seu lugar à mesa, fazendo-se uma duplicação da ceia para eles numa outra sala.

Em certas zonas queima-se cepo do Natal, particular (nos lares), ou público (nos adros), à volta do qual se cantam canções tradicionais portuguesas.

O Natal é uma ocasião de ofertas e presentes cerimoniais: as consoadas.
Cabe a nós não destruir a tradição e os costumes sempre baseados no nascimento de Cristo, figura central do Natal. 

terça-feira, 26 de novembro de 2013

EM DEZEMBRO...

O NASCIMENTO DE JESUS

A MAGIA DO NATAL

TODOS OS DIAS NO SEU;
PENICHE LIVRE

A MAGIA DO NATAL

Capitulo 1

O Natal surge como o aniversário do nascimento de Jesus Cristo, Filho de Deus, sendo actualmente uma das festas católicas mais importantes, logo depois da Páscoa.
Inicialmente, a Igreja Católica não comemorava o Natal. Foi em meados do século IV D.C. que se começou a festejar o nascimento do Menino Jesus, tendo o Papa Júlio I fixado a data no dia 25 de Dezembro, já que se desconhece a verdadeira data do Seu nascimento.

Uma das explicações para a escolha do dia 25 de Dezembro como sendo o dia de Natal prende-se com o facto de esta data coincidir com a Saturnália dos romanos, com as festas germânicas e célticas do Solstício de Inverno, sendo todas estas festividades pagãs, a Igreja viu aqui uma oportunidade de cristianizar a data, colocando em segundo plano a sua conotação pagã. Algumas zonas optaram por festejar o acontecimento em 6 de Janeiro, contudo, gradualmente esta data foi sendo associada à chegada dos Reis Magos e não ao nascimento de Jesus Cristo.

O Natal é, assim, dedicado pelos cristãos a Cristo, que é o verdadeiro Sol de Justiça (Mateus 17,2; Apocalipse 1,16), e transformou-se numa das festividades centrais da Igreja, equiparada desde cedo à Páscoa.
Apesar de ser uma festa cristã, o Natal, com o passar do tempo, converteu-se numa festa familiar, consumista, com tradições pagãs, em parte germânicas e em parte romanas.

Sob influência franciscana, espalhou-se, a partir de 1233, o costume de, em toda a cristandade, se construírem presépios, já que estes reconstituíam a cena do nascimento de Jesus. A árvore de Natal surge no século XVI, sendo enfeitada com luzes símbolo de Cristo, Luz do Mundo. Uma outra tradição de Natal é a troca de presentes, que são dados pelo Pai Natal ou pelo Menino Jesus, dependendo da tradição de cada país.
Apesar de todas estas tradições serem importantes (o Natal já nem pareceria Natal se não as cumpríssemos), a verdade é que não nos podemos esquecer que o verdadeiro significado de Natal prende-se com o nascimento de Cristo, que veio ao Mundo com um único propósito: o de justificar os nossos pecados através da sua própria morte. Nesses tempos, sempre que alguém pecava e desejava obter o perdão divino, oferecia um cordeiro em forma de sacrifício. Então, Deus enviou Jesus Cristo que, como um cordeiro sem pecados, veio ao mundo para limpar os pecados de toda a Humanidade através da Sua morte, para que um dia possamos alcançar a vida eterna, por intermédio Dele, Cristo, Filho de Deus.


Assim, não se esqueçam que o Natal não se resume a bonitas decorações e a presentes, pois a sua essência é o festejo do nascimento daquele que deu a sua vida por nós, Jesus Cristo. Aquele que deverá ser a luz orientadora do mundo e verdadeiro sentido para as nossas vidas.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

A SINA

"Mágica Maresia"

Passava por um típico bairro de Barcelona, altos prédios impunham-se muito altos e em direcção ao infinito. Olhando para cima conseguia vislumbrar um diminuto corredor de céu e o Sol não se via. As pessoas podiam tocar-se com as mãos, de janela a janela. Os vasos, junto das portas e dentro das varandas, estavam repletos de plantas em flor. Os moradores confraternizavam entre si na base do conhecimento de longa data. A calçada era feita de relevos moldados pelo tempo. As paredes caiadas e envelhecidas. O ar mal circulava. Passeava lentamente, absorvendo cada ponto daquela rua estreita. Não tinha pressa em chegar ao fim. Vivia-se um ambiente inerente a uma qualquer rua de uma qualquer cidade antiga.
A miséria estava latente, cães e gatos procuravam comida, se tinham dono não parecia pois não se incomodavam com eles. O lixo espalhado também era visível e indicava o que os moradores daquela rua comiam. Os vidros das janelas deixavam ver cortinas de pano gastas pelo passar dos anos permitindo antever a condição económica dos seus habitantes. Perto do fim da rua, uma mulher vendia flores e uma outra, diverso peixe. Mais ao fundo, uma mulher com olhar triste e aspecto rude, apregoava:
-Venha freguês! Venha saber a sua sina! Aproximei-me e indaguei:
-É verdade? Adivinha o futuro?
-Sim. Mostre-me a sua mão e ficará a saber de tudo!
Senti medo e fiquei sem saber o que fazer. Finalmente e depois de tanta hesitação, não resisti e quis saber o futuro.
Vais ser muito feliz! – Dizia. - Vais ter uma vida fácil, vais conquistar o mundo, ultrapassarás todas as barreiras, serás invencível, morrerás velho, muito velho, mas cego! Tens uma sina igual à minha!
Fiquei aterrorizado, paguei e afastei-me de imediato. Achei a mulher ignorante. Fui culpado, ninguém me mandou ser tão curioso, vivia agora um pesadelo, tinha ouvido um monte de mentiras e ainda por cima tinha pago para ouvir tanta inutilidade. Arranjei um problema que me perseguiu pela vida fora, pesadelos assolavam-me durante a noite e vivia constantemente o medo que as palavras daquela mulher produziram em mim. Posteriormente a vida profissional levou-me a diversas partes do mundo, sempre acompanhado por este pesadelo.
Findo o meu percurso profissional, tinham-se passado muitos anos, a curiosidade era crescente e decidi regressar àquela rua de novo. Os pensamentos sempre presentes. Será que a mulher já faleceu? Isso seria mais que normal, já tinha uma certa idade quando me leu a sina.
Ao chegar, constatei que grande número de artérias tinha sido alterado. Casas novas, maiores e mais bonitas. O chão tinha sido alcatroado, era visível a evolução. Num local ou noutro, restavam alguns edifícios antigos. Das vendedoras de flores e peixe nem sinal. Os cães e os gatos por ali continuavam. Fui caminhando e revivendo o passado. O meu coração batia velozmente, até que visualizei o fundo da ruela, aterrorizei, o meu coração parecia querer sair de dentro de mim. Parei, respirei bem fundo e por fim senti-me melhorar. Sentada à entrada da porta, estava uma mulher vestida de preto e não se tratava de uma mulher qualquer. Que idade teria? Perguntei-me. Eu nem queria acreditar, será que é mesmo ela? A mentirosa? Perguntei-me várias vezes.
Fui-me aproximando com receio e com coragem dirigi-lhe a palavra:
-Então a senhora ainda lê a sina?
-Quem está aqui? Perguntou.
Fiquei arrepiado.
-Há muitos anos leu-me a sina, aqui neste mesmo lugar. Recorda-se?
Entretanto, abeira-se da porta, vinda do interior da casa, uma mulher mais nova e era parecida com a outra.
-Quer que lhe leia a sina, senhor? Perguntou com naturalidade.
-Não, ela leu-ma há muitos anos.
-Agora já não pode ler. Está cega. Eu posso ler-lhe sou neta dela.
-Nem pensar, ela disse-me que a minha sina era igual à dela. Chega de pesadelo! E fugi apressadamente.

Nunca mais quis acreditar na leitura da sina.
Passaram vinte anos e hoje agradeço ao João, meu neto, que escreve isto para o meu blogue pois eu não consigo mais. Estou cego e não vou voltar a ver, foi-me diagnosticada a morte dos lóbulos occipitais do canal da visão.

Baseado numa história verídica
Escrito e adaptado por Paulo Gonçalves.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

CAMINHO VERDADE E VIDA

14

Hoje, pela manhã, abri, como habitualmente, a janela do meu quarto. De imediato entrou a brisa refrescante da manhã. O sol inundava de claridade toda a rua. Olhei para o azul do céu e pareceu-me que o sofrimento da minha vida terrena não fazia sentido. Naquele momento Jesus oferecia-me o seu bom dia.
Senhor! Ajuda-me a aceitar a tua vontade e a reconhecer todo o bem que me ofereces todos os dias e em todas as coisas, pois só deste modo conseguirei seguir sem medo e confiante que tu me agarraste e colocaste no teu colo para a teu lado seguir.


Paulo Gonçalves

sábado, 2 de novembro de 2013

A MAGIA DO NATAL

Capitulo 6

O Pai Natal tem vários nomes dependo do país e cultura, mas independentemente do nome que ele receba, trata-se sempre de S. Nicolau, um senhor muito simpático e generoso, que nasceu no ano de 350 d.C., em Patara. Depois de viajar por muitos sítios, S. Nicolau decidiu ir viver em Mira, onde anos mais tarde tornou-se bispo da Igreja Católica. Muitos milagres lhe são atribuídos e grande parte destes relacionam-se com a doação de presentes. Ele, hoje, ainda é vivo já que a sua Fonte de Vida é a crença das pessoas na sua existência, quando ninguém mais acreditar no Pai Natal é quando ele morre!
 Actualmente ninguém sabe ao certo onde é que o Pai Natal vive, uns dizem que é na Noruega, outros dizem que é na Finlândia e ainda outros dizem que ele vive no Pólo Norte. A verdade é que o Pai Natal não quer que ninguém saiba onde é que ele mora, para conseguir trabalhar sem ser incomodado, pois o seu trabalho não se resume a distribuir os presentes na noite de Natal, é também necessário fazer os presentes, saber o que cada criança pediu e o que cada uma realmente merece.
 O Pai Natal tem uma lista, que actualmente já é computorizada, de todas as crianças do mundo. O Pai Natal e os seus ajudantes, os duendes, através dessa lista sabem onde é que cada criança mora e assim podem observar o seu comportamento ao longo do ano.
Para conseguir entregar todos os presentes numa só noite, o Pai Natal tem de usar a sua magia, tanto o seu trenó como as suas renas são mágicas. As renas do Pai Natal são nove: Dasher, Dancer, Prancer, Vixen, Comet, Cupid, Donder, Blitze e Rodolfo. A rena que lidera o trenó é o Rodolfo, este tem um nariz brilhante que ilumina todo o caminho.
 

Para mandar a tua carta ao Pai Natal podes utilizar 3 métodos diferentes:
• Enviar pelo correio:
• Enviar um e-mail pela Internet;
• Simplesmente deixar a tua carta no presépio de tua casa (o Pai Natal ou um dos seus ajudantes vai lá busca-la).
Independentemente do método que escolheres deves sempre dizer aos teus pais quais são os presentes que queres, porque às vezes os ajudantes do Pai Natal são desorganizados e perdem as cartas. Quando isso acontece, o Pai Natal manda um dos seus ajudantes ir perguntar aos teus pais o que é que tu pediste.
Por vezes os meninos recebem presentes que não correspondem ao que pediram, isso acontece por vários motivos:
• Não te portastes bem e o Pai Natal acha que tu não mereces o que pediste;
• A tua lista é muito grande e o Pai Natal não te pode dar tudo o que pediste, pois ele também tem de dar presentes aos outros meninos;
• O Pai Natal não dá presentes que os teus pais não te dariam (exemplo: brinquedos perigosos).

Quando o Natal acaba, o Pai Natal vai de férias com a Mãe Natal, afinal ele trabalhou muito e tem de recuperar as suas forças para no próximo ano voltar a preparar tudo para que o Natal seja um sucesso.